sexta-feira, junho 1

AMO-TE!




"... Mais alguns passos e ali estava eu, frente a frente com meu destino. Primeiramente só pude sentir o ardor do calor daquela luz que batia em meu corpo pedindo para que o liquido da vida se manifestasse, mostrando-se em minha face a ouvir o som das ondas que naquela manhã de Outono estavam agitadas, talvez tentando imitar o mesmo acontecimento que ocorria dentro de mim. 


No momento do ultimo passo era a máquina que movia o amor, a máquina chamada coração a bater com sofreguidão, não de dor e sim do inexplicável sentimento do desejo. Agitado estava. Ritmos frenéticos podiam ser sentidos. Hora disparava, hora parava...
Titubeei e acabei sorrindo, mesmo não fazendo parte do que havia pensado em fazer. Curiosamente os planos físicos e mentais não correspondiam com os planos da "máquina do amor" que ali nos ligava por meio do mistério da vida e que nos transporta para a eternidade; que aliás se transformou naquele momento. 

Sim, uma eternidade. Surpresa minha, pude sentir um leve aroma de perfume que, misturado com um enlace carinhoso, me fez ter a mesma reação onde meus braços, imitando o meu destino apertou-a fortemente porque meu destino se materializou em meu sonho de tê-la junto a mim...
Rostos colados, corações no mesmo ritmo. Podia se ouvir a respiração e os batimentos daqueles corações. As ondas se calaram, o tempo concedeu a eternidade para sentirmos o calor de nossos almas. Espaço, tempo, realidade e sonhos misturados se transformando em verdade. Meu destino afastou seu rosto do meu. Mas ainda me aprisionava em seus braços. Condenado que jamais queria ganhar a liberdade me tornei. 
Desejei que aqueles braços se tornassem as grades que me aprisionariam eternamente. Pude presenciar um liquido que escorria em sua face, mas não era aquele que o ardor da luz pedia para sair e sim aquele que o coração colocava para fora, simplesmente lágrimas de alivio. Em minha face o mesmo liquido corria em direção ao infinito, pois a partir dali jamais voltariam. Brevemente senti um milhão de palavras descerem por minha garganta e inundar todo meu Ser, corpo e alma. 
Tudo que havia memorizado e decorado se perdeu, pois a surpresa do encontro e reencontro não é traduzido por elas, as palavras, e sim pela magia do maior, mais lndo, mais puro e verdadeiro balsamo da vida feliz, O AMOR. 
Um som que a muito não ouvia saiu por aqueles lábios, que a tanto tempo puderam se unir aos meus e identificar o verdadeiro sentimento que une não somente os corpos e sim o coração, a alma, a vida. 
Era a voz que saía e dizia tudo o que eu queria ouvir e dizer: Que bom que você está aqui... Eu também!"
Te amo! 

2 comentários:

  1. Muito bonito o texto. Parabéns. Bj, Ricardo

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  2. Memorável a voz do Elvis em conjunto com o texto. Muito bom, Lia. Surpreendes, como sempre. beijinhos, Paulo

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